terça-feira, 24 de abril de 2012

Tanto amor ...

Tanto amor que não cabe em mim.
Tanto carinho que não sei como descrever.
Tanto tempo, tantos anos e tantos sorrisos.
Somos a família mais linda do mundo.
Eu ainda não entendo.
Eu não consigo entrar no quarto dele e não desabar.
Não consigo olhar as coisinhas dele e não me desesperar.
Eu sinto tanta falta de alguém que outro dia estava aqui.
Eu achava que era uma chateação, só uma pequena insatisfação.
Mas não era.. ele estava doente.
E ninguém sabia, ninguém cuidou dele.
Buscamos por 3 dias, um carro, um celular, uma pista.
Era tão agoniante não saber se ele estava bem, se ele estava só, se ele estava sofrendo.
Ele deve ser sofrido tanto antes de decidir fazer isso.
Eu tinha tanto medo. Ele deve ter tido medo.
Quando achamos o carro, foi um esperança e ao mesmo tempo um desespero.
Ele podia estar por ali, mas como?
Achamos o carro e achamos o meu irmão, sem vida.
Logo ele, cheio de vida! Tão alegre! Tão de bem com a vida! Tão bom! Tão do bem!
Nunca falariam algo diferente dele. Ele sempre foi o mais amado.
E eu o amo tanto tanto tanto que não cabe aqui dentro!
Foi a noite mais dolorosa da minha vida. Tentar entender, tentar questionar, tentar procurar explicações.
E se a gente tivesse chegado antes?
Mas eu entendi. Ele estava doente. Ele não conseguiu sozinho. Ele estava em depressão e mascarava. Ele não tinha remédio, acompanhamento e nem conseguia ver que havia uma luz, uma solução.
Eu não o julgo. A doença o venceu. E não culpo ninguém. A doença foi mais forte.
Ele não precisava ter feito isso! Por que uma doença venceu meu irmãozinho tão lindo e querido?

E o dia seguinte foi ainda mais difícil, dormir a base de remédio, acordar sem ele, receber muitos abraços de dor compartilhada e enterrar o meu imão.
Muitas pessoas queridas, muita família e muitos amigos. E todos ali, que o amavam muito. E pessoas que ele também amava muito. Lindas homenagens.
Cada rosto de amigo dele, eu abraçava e me lembrava dele mais novo, e de uma época, e de uma situação ou de uma com com ele.
Abracei meu irmão mais novo e nos despedimos ali.

"couldn't leave you to go to haven
I carry you in my smiles
for the first time my true reflection I see
happy everafter in your eyes

every star in the night
promises the dawn
I will be there if you fall
to ever so heavily rest upon"


Ele queria ser pai.

















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