quarta-feira, 6 de junho de 2012

Chão?

Desabafo

Ainda dói. Disseram que ia passar com o tempo. Não passou. Não melhorou. 


Agora, tô eu aqui. Especialmente hoje com as coisas dele. Cada objeto que veio de uma viagem distinta e que eu não sei de onde veio, quanto custou, qual a história, o que é, para que serve ou porque foi comprado. E nao posso perguntar. Nunca mais. 
Eu ligava pra ele pra TUDO. As vezes era até inconveniente, ou desnecessária. Podia ligar pra outra pessoa, podia ligar pro gerente do banco, ou pro carinha da informática e descobrir. Mas eu ligava pra ela, mandava email pra ele ou sms pra ele. Eu queria saber dele.
É tão estranho quando voce tem uma referência e ela se vai. Assim, sem avisar, sem se despedir, sem dizer porque, sem querer. 
Dramas a parte, meu pai biológico nunca foi referência. Nao o conheci. Passou direto para meu avô. Que faleceu quando eu tinha 11 anos. Morávamos com ele. Assim acho que passou a ser meu tio, ao menos em partes, mas sempre ouvi o que meu irmão falava como fato. Era como se eu confiasse tanto nele que acreditava naquela verdade como única! As vezes ele estava errado. Mas eu nao sabia. Agora ele não esta mais aqui pra me falar fatos ou solucionar minhas dúvidas. Sinto-me perdida. Sem chão!





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